Funcionários federais da saúde cobram reformulação de carreira e valorização profissional
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08 de maio, 2025
Categoria critica modelo atual por desestimular qualificação e defende aprovação de projeto que permite migração para carreira de Ciência e Tecnologia
Enquanto profissionais da saúde vinculados aos governos estadual e municipal do Rio de Janeiro enfrentam desafios relacionados à implementação de planos de carreira e à concessão de benefícios, os trabalhadores da rede federal também se mobilizam por mudanças estruturais. A principal demanda é a reformulação da carreira, considerada ultrapassada e desestimulante pela categoria.
Segundo Christiane Gerardo, dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores da Seguridade e do Seguro Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev/RJ), a carreira atual dos servidores federais da saúde é a que possui a menor tabela salarial de todo o funcionalismo público federal.
— Não há valorização da qualificação profissional. O único critério de progressão é o tempo de serviço, o que nos desmotiva profundamente — afirma Gerardo.
Para reverter esse cenário, os trabalhadores defendem a aprovação do Projeto de Lei 3.102/2022, que propõe a transposição dos servidores da saúde federal para a carreira de Ciência e Tecnologia, um modelo que, segundo a categoria, reconhece a qualificação e permite evolução funcional de forma mais justa.
O PL já foi aprovado pelas comissões temáticas da Câmara dos Deputados e, neste momento, aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso avance, a proposta poderá transformar a estrutura da carreira de milhares de profissionais da saúde em nível federal.
— É uma mudança urgente. Queremos uma carreira que nos permita crescer, nos capacitar e oferecer um serviço público mais qualificado à população — conclui a dirigente do Sindsprev.
Procurado pela reportagem em dois momentos, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos apontou que ” está apurando a demanda junto as áreas que cuidam desse tema” e que enviará um retorno assim que tiver uma resposta.
Fonte: Extra (RJ)