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CORREIO BRAZILIENSE: SERVIDORES COM MEDO

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01 de abril, 2008

Depois de que o governo admitiu o vazamento de dados sigilosos relacionados às despesas com suprimento de fundos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o clima entre servidores do Palácio do Planalto é de temor. Funcionários de carreira que participaram da elaboração do levantamento externaram a seus superiores o receio de serem responsabilizados pela divulgação irregular das informações.

Um integrante da comissão que trabalhou com os dados disse a colegas que não aceitará se tornar o “bode expiatório” e prometeu denunciar detalhes sobre como o “banco de dados” foi montado, caso seja apontado como culpado. Por enquanto, ele tenta se resguardar. Seis servidores participaram da comissão, coordenada pela chefe de gabinete da Casa Civil, Maria de La Soledad Castrillo, conhecida como Marisol. Nem todos, no entanto, têm a confiança incondicional da equipe de Dilma Rousseff.

Quem não tem esse escudo acha que pode acabar levando a culpa sozinho no relatório final da sindicância que apura responsabilidades. Como não houve ato oficial que instituiu o grupo de trabalho encarregado do levantamento dos dados, há ainda o receio de que a acusação de vazamento recaia sobre outros personagens. Nesse caso, a divulgação seria atribuída a uma suposta articulação para desestabilizar a “mãe do PAC”, potencial candidata à sucessão do presidente Lula. Esse temor é dividido pelos poucos assessores ligados ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu que permaneceram no Palácio do Planalto. Erenice Guerra é especialmente apontada como a operadora de uma “caça às bruxas”, que tirou do quadro funcional da Casa Civil os aliados de Dirceu, depois do escândalo do mensalão.

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