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O GLOBO: SINDICALISTAS RESISTEM A ARGUMENTOS

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23 de abril, 2008

Os argumentos do governo contrários ao reajustes das aposentadorias não devem convencer os sindicalistas. Os próprios dados da Previdência mostram uma grande diferença entre os ganhos de quem recebe o piso e acima dele. Para se ter uma idéia, em 2008, tanto o mínimo quanto o piso previdenciário foram reajustados em 9,21%. Já os benefícios acima do piso receberam 5% de reajuste, um pouco acima da inflação.

Segundo o governo, o piso previdenciário teve um ganho real (acima da inflação) de 37,05% entre 2003 e 2008, levando-se em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período, de 51,41%. Já os benefícios com valores acima do piso obtiveram um ganho real de apenas 0,89% no período. Se considerado o Índice de Preços ao Consumidor Aplicado (IPCA), o ganho real de quem recebe o piso previdenciário foi de 38,31%, entre 2003 e 2008, enquanto os benefícios superiores ao mínimo tiveram um ganho real de 2,86%.

Governo diz que poder de compra foi preservado

O discurso do governo é de que, com esses reajustes, o poder de compra do aposentado foi preservado. E sustenta que, para garantir uma política de valorização do salário mínimo, os reajustes dos benefícios têm que ser diferenciados, para não aumentar ainda mais o déficit da Previdência.

– Não é correto, não é verdade afirmar que as aposentadorias (acima do mínimo) perderam valor. Ao contrário – disse o secretário de Previdência Social do Ministério da Previdência, Helmut Schwarzer.

O esforço do governo é para rebater o discurso dos sindicalistas de que os benefícios acima do mínimo têm tido o valor "achatado" nos últimos anos, principalmente depois da adoção da nova política de reajuste do salário mínimo. Desde 2007, o mínimo é reajustado pela variação da inflação e do PIB.

Segundo Schwarzer, os aposentados que ganham acima do mínimo tiveram ganhos reais inclusive se comparados a reajustes de servidores públicos. Pelas contas do governo, a aprovação da proposta – dar a todos aposentados 9,2% e não 5% de reajuste este ano – geraria um rombo de R$4,5 bilhões em 12 meses e elevaria os gastos do INSS dos atuais 7,14% do PIB para 18,33% do PIB, em 2049.

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