DIAP: BRASIL PODE LEVAR 87 ANOS PARA IGUALAR SALÃRIOS DE HOMENS E MULHERES
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17 de dezembro, 2008
O estudo “Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça” divulgado, nesta terça-feira (16), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que, se as polÃticas de igualdade de gênero não forem aceleradas, serão necessários 87 anos para igualar salários de homens e mulheres.
A ministra da Secretaria Especial de PolÃticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, comemorou a redução das desigualdades entre homens e mulheres, mas reconheceu que é preciso acelerar o ritmo de implementação das polÃticas.
“Desde as últimas Pnads [Pesquisa Nacional por Amostra de DomicÃlios], temos tido notÃcias boas e más em relação à s desigualdades das mulheres. A boa é que existe redução das desigualdades no Brasil. A mais importante seria que diminuiu a diferença salarial entre homens e mulheres”, disse a ministra.
“A má é que a velocidade não é a que queremos. Se fizermos uma regra de três simples, projetando os dados da Pnad para o futuro, levarÃamos 87 anos para superar a diferença salarial entre homens e mulheres”, lamentou.
Na avaliação do presidente do Ipea, Marcio Pochmann, as desigualdades de gênero estão diminuindo no paÃs, mas ainda são “acentuadas”. Segundo ele, a diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho são conseqüência dos modelos agrÃcola e pecuário que o paÃs viveu no passado. Para acabar com as desigualdade, disse Pochmann, é preciso que as polÃticas afirmativas sejam de Estado, portanto, contÃnuas, e não apenas de governos.
O estudo analisou 11 blocos temáticos sociais para traçar um perfil das desigualdade de raça e gênero no PaÃs. Entre os aspectos analisados estão mercado de trabalho, população, saúde, habitação e Previdência Social.
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