STJ MANTÉM PERCENTUAL MÃNIMO DE SERVIDORES TRABALHANDO NAS JUSTIÇAS FEDERAL E ELEITORAL, DURANTE GREVE
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25 de junho, 2010
A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve o percentual de 80% dos servidores lotados na Justiça Eleitoral que deverão permanecer no trabalho durante o movimento grevista, sob pena de multa de R$ 100 mil. Os ministros negaram o pedido do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindjus/DF) que pretendia reduzir o percentual para 50%, bem como diminuir o valor da multa fixada pelo descumprimento.
O relator, ministro Castro Meira, decidiu manter a sua decisão anterior – que fixou o percentual de no mÃnimo 80% de servidores – ao considerar que o direito de greve no âmbito da Administração Pública deve sofrer limitações, na medida em que deve ser confrontado com os princÃpios da supremacia do interesse público e da continuidade dos serviços, para que as necessidades da coletividade sejam efetivamente garantidas.
“A paralisação das atividades dos servidores da Justiça Eleitoral, em âmbito nacional, sem o contingenciamento do mÃnimo de pessoal necessário à realização das atividades essenciais, (…) atenta contra o Estado Democrático de Direito, uma vez que impede o exercÃcio pleno dos direitos polÃticos dos cidadãos e ofende, expressamente, a ordem pública e os princÃpios da legalidade, da continuidade dos serviços públicos e da supremacia do interesse público sobre o privado”, assinalou o ministro.
A mesma decisão foi dada ao recurso interposto pelo Sindjus contra decisão do ministro Castro Meira, que determinou a manutenção no trabalho, nos dias de greve, de uma equipe com no mÃnimo 60% dos servidores da Justiça Federal, em cada localidade de atuação, sob pena de multa.
Fonte: STJ
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