VALOR ECONÔMICO: LULA MANTÉM FATOR PREVIDENCIÃRIO
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16 de junho, 2010
A decisão de Lula foi uma derrota da equipe econômica, que por diversas vezes recomendou ao presidente que vetasse a iniciativa do Congresso. Durante o processo de negociação, o máximo que os ministérios da Fazenda e do Planejamento admitiam era um reajuste de 7%, representando um gasto extra de R$ 1 bilhão. A proximidade das eleições animou os parlamentares a aprovar um aumento maior, com o apoio inclusive do PT e do PMDB.
Lula também não estava disposto a desagradar uma parcela importante do eleitorado. Antes de decidir, o presidente conversou com o lÃder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e perguntou o que aconteceria caso vetasse o reajuste. “Eu disse a ele que o governo teria de editar uma nova medida provisória restituindo o aumento de 6,14% já que, se isso não acontecesse, os aposentados que recebem acima de um salário mÃnimo teriam um reajuste de apenas 3,53% (correspondente ao INPC)”, explicou o deputado.
A nova MP passaria a trancar a pauta da Câmara em agosto ou, no máximo, em setembro – antes, portanto do primeiro turno das eleições. “Não terÃamos condições de aprovar um percentual menor do que os 7,7% já aprovados pelos parlamentares”, completou Vaccarezza.
O ministro da Previdência, Carlos Gabbas, afirmou que a intenção é incluir o aumento da aposentadoria no contracheque de julho e, no mais tardar em setembro, pagar o reajuste retroativo ao mês de janeiro. Guido Mantega assegurou que o aumento não impedirá o esforço do governo federal de manter a austeridade fiscal. “Vamos ter uma meta de superávit primário de 3,3% para esse ano que se repetirá para 2011”, garantiu.
Fonte: Valor Econômico – 16/06/2010
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