VALOR ECONÔMICO: AUDITOR DA RECEITA QUER REAJUSTE E AMEAÇA PARAR
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12 de março, 2008
Os auditores da Receita Federal, alegando que seus salários estão defasados em relação a outras categorias, ameaçam entrar em greve a partir do próximo dia 18. Eles querem reajuste de 38,46% – o salário de R$ 13 mil passaria para R$ 18 mil. "A nossa categoria está garantindo recordes sucessivos de arrecadação ao governo federal. A Polícia Federal está fazendo o trabalho dela combatendo a corrupção, e nós, a sonegação", afirmou Pedro Delarue, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal .
Eles pedem a equiparação salarial com os delegados da PF, que ganham cerca de R$ 18 mil desde setembro do ano passado. O salário de um auditor em início de carreira é de R$ 10 mil, já incluindo R$ 3 mil de um adicional sobre metas de trabalho. Os que estão em estágio mais avançado da carreira recebem R$ 13,3 mil, também com o adicional. Hoje, a Receita possui 12 mil auditores ativos. Cerca de 90% estão em um estágio mais avançado da carreira, ou seja, ganham R$ 13.300.
De acordo com Delarue, o governo federal se comprometeu a fazer a equiparação salarial no ano passado. Os advogados da Advocacia Geral da União (AGU) também seriam contemplados no acordo. No entanto, com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), as negociações foram suspensas.
Em caso de greve, o presidente do sindicato afirmou que serão afetados os serviços de dúvidas sobre o Imposto de Renda, o desembaraço de importações e exportações e a arrecadação de impostos federais, já que irá cair o volume de autuações. Em relação ao serviço de dúvidas do IR, ele afirmou que o serviço será transferido das unidades da Receita Federal para os escritórios dos sindicatos. São 73 delegacias sindicais em todo o país.