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União atualiza regras do bônus de produtividade dos funcionários da Receita Federal

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10 de março, 2024

Há duas semanas, servidores encerraram greve, na qual pediam, dentre outras coisas, atualizações na bonificação

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), promulgou mudanças que afetam diretamente a base de cálculo do Bônus de Eficiência e Produtividade na Atividade Tributária e Aduaneira dos servidores da Receita Federal. As novas disposições já entraram em vigor, após a publicação no Diário Oficial da União desta quinta-feira (dia 7).

De acordo com as regras, o percentual e os limites mensais para o valor individual do Bônus de Eficiência e Produtividade na Atividade Tributária e Aduaneira foram ajustados. Veja a seguir:

  1. De março a julho de 2024: percentual será de 10,19%, com um limite mensal de R$ 4.500
  2. De agosto de 2024 a janeiro de 2025: percentual será de 11,33%, com um limite mensal de R$ 5 mil
  3. De fevereiro de 2025 a janeiro de 2026: percentual será de 15,52%, com um limite mensal de R$ 7 mil
  4. A partir de fevereiro de 2026: percentual será de 25%

Além disso, foram estabelecidas novas regras para determinar o limite mensal do bônus:

Histórico recente

No fim de fevereiro deste ano, os auditores-fiscais da Receita Federal interromperam a greve que já durava três meses, após uma decisão em assembleia. Os sindicatos da categoria e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) firmaram um acordo com os funcionários públicos. Desde o trato entre as partes, o governo federal tinha 15 dias para concretizar a assinatura dos termos, mas adiantou a “canetada” para dar fim de vez às rusgas que apareceram ao longo dos 90 dias de paralisação.

Os auditores-fiscais da Receita Federal realizaram uma série de manifestações para cobrar o pagamento do Bônus de Eficiência e Produtividade na Atividade Tributária e Aduaneira, pendente desde 2016. Além disso, eles pediam o cumprimento do prazo para a implementação do Plano de Aplicação do Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf), que traria valorização à classe.

O movimento foi tão massivo que preocupou o governo federal quanto às fiscalizações dos produtos que chegavam ao país. A greve dos servidores da Receita Federal foi iniciada nos últimos dias de novembro do ano passado.

Um dos motivos foi o fato de que, em setembro de 2023, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o secretário especial da Receita Federal do Brasil, Robinson Sakiyama Barreirinhas, concordaram com os sindicatos em concluir a implementação da reestruturação até o início de dezembro de 2023.

Apesar disso, os auditores-fiscais anunciaram uma greve a partir de 20 de novembro, antes do prazo acordado, apontou a Receita Federal em nota.

Baque judicial

As paralisações também foram afetadas por uma decisão judicial, que determinou volta de parte dos servidores à ativa.

Em dezembro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que os trabalhadores do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) retomassem as atividades, a fim de que fosse mantido um quórum mínimo de funcionários em atividades consideradas essenciais e que, portanto, não podiam ser paralisadas. A liminar foi concedida após uma solicitação da Advocacia-Geral da União (AGU).

A AGU argumentou que a Receita Federal desempenha funções cruciais para o Estado, destacando o papel do CARF na segunda instância de julgamento de casos bilionários relacionados a disputas tributárias entre a União e os contribuintes. O acervo do CARF, atualmente, engloba cerca de 86,3 mil processos, representando mais de R$ 1,1 trilhão em créditos tributários em discussão.

“A suspensão, redução ou qualquer obstáculo às atividades dos auditores fiscais devido à greve poderia causar prejuízos irreparáveis à sociedade e às metas fiscais para 2024. No caso específico do CARF, há a necessidade de manter 100% dos servidores para garantir o quórum essencial às sessões, uma vez que qualquer quantidade inferior seria insuficiente”, ressaltou a AGU.

Diálogos anteriores não resolveram desafios

Em 14 de novembro, houve uma nova reunião entre governo federal e os sindicatos da categoria, mas os auditores-fiscais mantiveram a greve. Houve uma discussão sem acordo com os funcionários do CARF em 20 de novembro, levando ao anúncio de paralisação total pelos auditores.

Naquele mesmo dia, o secretário da Receita Federal anunciou o ajuizamento judicial, preservando a continuidade mínima dos serviços. Em 21 de novembro, ele se encontrou com servidores protestando sobre bônus, assegurando, na ocasião, uma solução até dezembro.

Fonte: Extra (RJ)

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