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O Globo: Lula desestimula ações grevistas

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17 de agosto, 2012

Depois do apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por sua postura diante da greve do funcionalismo federal, a presidente Dilma Rousseff foi elogiada ontem pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, Dilma vive a "angústia" de não poder atender os servidores e merece a compreensão dos grevistas. A greve dos servidores federais já atinge 300 mil trabalhadores e algumas categorias, como a Receita Federal, estão paradas há mais de 50 dias.- A presidente Dilma tem sensibilidade, ela vive a angústia de não poder atender àquilo que as pessoas precisam, porque o dinheiro é curto – disse ele ontem em São Paulo. – As pessoas têm que compreender que estamos vivendo uma crise mundial de grande repercussão. A Europa está passando por momentos difíceis e os EUA também.O ex-presidente defendeu ainda, por um lado, o direito de greve do funcionalismo e, por outro, o direito do governo de atender ou não.- Acho que o governo está disposto ao diálogo; e parece que está havendo as reuniões necessárias.Dia marcado por manifestaçõesAcuada pelo avanço das greves dos servidores públicos federais em todo o Brasil, a equipe da presidente Dilma deve destinar entre R$ 12 bilhões e R$ 14 bilhões para reajustes ao funcionalismo no Orçamento de 2013. O governo federal deve atender apenas reivindicações específicas, sobretudo para servidores com salário defasado em comparação às carreiras ditas de elite.O anúncio das categorias contempladas será feito em encontros com representantes das categorias para evitar ânimos exaltados entre os que não forem beneficiados.Do montante a ser reservado no Orçamento de 2013, R$ 2,2 bilhões já têm destino certo: a primeira parcela do reajuste dos professores (entre 25% e 40%) e dos servidores técnico-administrativos das universidades federais (15,8% em três parcelas). Eles continuam parados em todo o Brasil.- A possibilidade de um reajuste linear está descartada – garantiu o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.Para sustentar o discurso de austeridade, o governo alega um inchaço na folha de pagamento. Dados levantados pelo Planejamento mostram, por exemplo, que auditores fiscais da Receita Federal tiveram 55,06% de ganho real desde 2003. Eles estão em greve há quase dois meses e querem elevações de até 49% nos contracheques.Ontem, o dia foi marcado por manifestações em Brasília. Pela manhã, servidores pararam a Esplanada dos Ministérios e fizeram protestos em frente ao Palácio do Planalto enquanto a presidente Dilma Rousseff anunciava o pacote de investimentos em infraestrutura. Os trabalhadores realizaram uma marcha que, segundo os sindicatos, reuniu 12 mil pessoas.À tarde, foi a vez de um grupo de pelo menos 400 servidores do Judiciário fazerem manifestação com faixas, apitos e vuvuzelas em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e chegaram a incomodar os ministros, durante o julgamento do mensalão. Os grevistas chegaram a ameaçar derrubar a grade colocada em frente ao Palácio. Diante do clima tenso, policiais formaram um cordão de isolamento.Sem acordo com o governo, a maioria das categorias promete intensificar a mobilização hoje.Fonte: O Globo – 16/08/2012

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