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Adams afirma que credibilidade da AGU foi afetada e se diz magoado

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30 de novembro, 2012

O ministro-chefe da Advocacia Geral da União, Luís Inácio Adams, disse ontem que o escândalo envolvendo seu ex-braço-direito José Weber Holanda Alves, indiciado na operação da PF, prejudica e afeta a credibilidade da instituição. Adams não se eximiu da responsabilidade pela indicação de Weber para o cargo de advogado-geral adjunto e disse que, no momento, sua principal preocupação é com a credibilidade da AGU, e não com "credibilidade pessoal".- É fundamental identificar onde houve desvios e adotar instrumentos que minimizem esses desvios, para que a instituição possa exercer sua função com tranquilidade – disse o ministro, em entrevista a jornalistas na sede da AGU.Adams usou boa parte da entrevista para atribuir a Weber a responsabilidade pelas supostas irregularidades no órgão.- Do ponto de vista pessoal, eu me sinto magoado, chocado, triste. Ainda acredito que ele tem condições de esclarecer (os apontamentos da Operação Porto Seguro). O que existe é investigação, e não condenação – disse Adams.Ele reforçou algumas medidas que foram adotadas desde a deflagração da operação e anunciou outras ações para tentar debelar a crise e as suspeitas que pairam sobre os pareceres da AGU. As medidas são a suspensão imediata dos efeitos dos documentos sob suspeita e um pente-fino em todas as consultas feitas à AGU pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional de Águas (ANA) e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Essas autarquias estão no foco das investigações da PF. O pente-fino deve se concentrar nos pareceres relacionados às áreas de atuação dos servidores indiciados pela PF.blindagem contra weberAdams anunciou ainda a criação de um grupo de trabalho na AGU para, em 15 dias, definir novos procedimentos de regulação das demandas que chegam ao órgão. Weber foi afastado das comissões para as quais foi designado pelo próprio ministro.- Reforçamos a blindagem quanto aos atos tomados por Weber – disse Adams.O ministro afirmou ainda que, caso não exista mais confiança por parte da presidente Dilma Rousseff na continuidade dele no cargo, caberá a ela retirá-lo da função. Ontem à tarde, ele participou de reunião com a presidente, no Palácio do Planalto.- Minha relação com a presidenta é profissional, não é pessoal. A situação é difícil, requer toda a atenção possível. Não coloquei o cargo à disposição nem ela pediu. Não tenho que assumir atos pelos quais não sou responsável. A presidenta pediu para eu apurar e punir os responsáveis – disse Adams. – A minha relação com a presidente é profissional. Se não tiver mais confiança profissional, ela me tira.Na entrevista, o ministro apontou a existência de três atos da AGU com atuação específica de Weber, todos eles relacionados com as ilhas ocupadas pelo ex-senador Gilberto Miranda (PMDB-AM), em São Paulo. O ex-parlamentar foi um dos indiciados na Operação Porto Seguro. O pagamento de propina para ocupação destas ilhas é objeto de investigação da PF. Adams chegou a assinar parecer que endossa os supostos interesses escusos de seu então adjunto e do ex-senador.Ontem, ocupado com as denúncias contra integrantes da AGU, Adams não conseguiu comparecer à posse do ministro Teori Zavascki no STF. O chefe da AGU, depois de dar explicações na entrevista aos jornalistas, seguiu direto para o Palácio do Planalto para tratar de royalties.Fonte: O Globo – 30/11/2012

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