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SINTFUB promoveu o I Seminário Contra Assédio Moral

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16 de agosto, 2017

Wagner Advogados participou dos debates.

 

O SINTFUB – Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília realizou neste dia 15, o I Seminário de prevenção ao assédio moral no trabalho. O evento, que contou com a participação de autoridades sobre o assunto, buscou debater as causas da temática, assim como ampliar sua discussão e buscar soluções para o problema, um mal silencioso que afeta trabalhadores em todos os níveis e funções.

Compondo a mesa, os debates contaram com a participação dos palestrantes Profª Drª Ana Magnólia Mendes, do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), o Psicólogo Arthur Lobato do SINDJUS-MG, Tarcílio Severino, do SINTFUB, a Deputada Federal Erika Kokay, o Presidente da ADUnB Virgílio Arraes, Sra Elisabeth Guedes Silva de Morais, coordenadora de Saúde, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho (CSQVT/DGP) – UnB , Larissa, da assessoria técnica da ouvidoria da UnB e o Advogado Valmir Floriano de Andrade, assessoria jurídica do SINTFUB integrante do escritório Wagner Advogados Associados.

A Dra. Ana Magnólia destacou a importância de debater esse assunto. “Não esperava um dia ter que aplicar o que tanto ensino em classe sobre os efeitos do assédio moral sobre a saúde mental do trabalhador na Instituição a qual faço parte. A prevenção dessa prática acontece em três níveis: informação, ou educação continuada, a discussão sobre o tema, que precisa ser amplificada e no terceiro nível, a deliberação. Precisamos de canais de denúncia legítimos para o combate e prevenção desse mal”, completou.

Para o psicólogo Arthur Lobato, a importância do debate sobre assédio moral muitas vezes é diluído no próprio ambiente de trabalho, dificultando sua identificação e tratamento. “As pessoas ainda tem uma mentalidade colonial, se achando donos do corpo e mente de seus funcionários e colaboradores. O sindicato vem como o suporte desses trabalhadores e a saúde desses deve ser uma política permanente em todos os departamentos. O assediado vai sendo isolado em seu ambiente, caindo numa patologia de solidão. Uma parte importante do tratamento é o acolhimento, dar para o assediado novamente um sentido de coletividade”, disse.

Para Larissa é importante priorizar o atendimento com discrição e responsabilidade. “Somos vinculados à reitoria, mas temos liberdade de atuação. E é importante para nós a discrição no atendimento. Nosso limite de atuação é a mediação e a conciliação. Não lidamos com comprovação. Não precisamos de provas, precisamos que o interessado se sinta à vontade para ser atendido. Nossas competências são examinar os assuntos relacionados à assédio e encaminhamos às autoridades competentes. Trabalhamos para promover os direitos dos vulneráveis e discriminados”. Após as Ouvidoria envia para as Instâncias competentes da Universidade para dar seguimento da denúncia e apurar os fatos.

O advogado Valmir Vieira esclareceu que “o assédio moral traz dano à personalidade, dignidade ou integridade física ou psíquica do trabalhador, põe em risco seu emprego e degrada o ambiente de trabalho. O assediado deve constituir provas para denunciar os fatos, sendo importante possuir e-mails, mensagens, gravações telefônicas e de reuniões, testemunhas, fazer anotações de tudo que acontece, registro diário e detalhado do dia-a-dia do trabalho, procurando, ao máximo, coletar e guardar provas do assédio (bilhetes do assediador, documentos que mostrem o repasse de tarefas impossíveis de serem cumpridas ou inúteis, documentos que provem a perda de vantagens ou de postos, etc). Para prevenção deve haver realização de reuniões setoriais, seminários, distribuições de cartilhas e material informativo, por exemplo. Ainda, buscar o Sindicato para denunciar administrativamente e ingressar com processo judicial requerendo indenização”.

Segundo Vânia Felício, coordenadora do SINTFUB, o seminário é só o começo. “É um tema complexo que não pode se encerrar aqui. Nesse primeiro momento o que fizemos foi dar uma abertura, abrir uma opção para que o debate se inicie. Precisamos dos desdobramentos do projeto. A pretensão é fazer outros eventos, como vigílias contra o assédio moral, fazer rodas de conversas sobre o tema e mais debates. O Seminário é o primeiro requisito para trazer luz a esse assunto que tantos tentam manter escondido e silencioso na escuridão.”

Para saber mais sobre Assédio Moral, leia a cartilha de Wagner Advogados.

Fonte: SINTFUB com acréscimos de Wagner Advogados.

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