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Servidores federais rejeitam reajuste abaixo da inflação e preparam greve

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29 de janeiro, 2014

O lançamento da Campanha Salarial 2014, contou com atividades em todo o Brasil. Os servidores condenaram o baixíssimo reajuste concedido ao funcionalismo neste ano, de 5,2%, que não cobriu nem mesmo a inflação oficial de 2013 ficou em 5,91%. A campanha foi lançada nos estados e será lançada nacionalmente no dia 5 de fevereiro, com uma grande marcha em Brasília. 

Diante do índice rebaixado, os servidores reivindicam a antecipação da parcela de 5,2% prevista para 2015, que faz parte de um acordo conquistado em 2012 após uma ampla greve. O acordo previa um reajuste de 15,8% divididos em três anos (2013, 2014 e 2015). Os servidores também reivindicam uma política salarial permanente, definição de data-base; regulamentação da negociação coletiva; diretrizes de plano de carreira; retirada de projetos no Congresso Nacional que prejudicam os trabalhadores públicos – entre eles o PLS 710/2011, que retira o direito de greve dos servidores – e reajuste em benefícios como auxílio-alimentação e plano de saúde.

“A inflação já corroeu todo o reajuste, mesmo sem a antecipação. O que estamos tentando fazer com essa proposta é diminuir o prejuízo”, disse o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa. Nesse sentido, os servidores pedem a antecipação dos 5,2% previstos para o próximo ano, e estão convocando uma ampla mobilização, já com indicativo de greve para o dia 1º de março.

As entidades já estão enfrentando a reação contrária do governo de conceder um reajuste maior. No dia do lançamento da Campanha Salarial Unificada, o Ministério do Planejamento informou à Condsef que o governo não pretende atender nenhuma demanda que implique impacto orçamentário em 2014. “A postura é a mesma adotada em 2012 e que foi revertida graças à unidade e forte greve geral, uma das maiores da história de luta dos servidores federais”, afirma a entidade. O arrocho completo só foi impedido devido à greve que paralisou o funcionalismo em todo o país. Para o representante da CUT, Pedro Armengol, “o problema (para atender a pauta do funcionalismo público) não é falta de recurso, mas sim de decisões da política macro do Estado”. Armengol ainda avalia que, para evitar uma possível greve dos servidores públicos federais, o governo teria que sinalizar positivamente até o final de fevereiro.

Neste ano, as mobilizações iniciaram com atos e atividades nos estados. Em Brasília, dezenas de servidores participaram do ato convocado pelo Sindsep-DF (Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal) no Espaço do Servidor – Esplanada dos Ministérios.

O secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo, destacou a necessidade da unidade da Confederação com as demais entidades sindicais representativas dos servidores públicos. O secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, encerrou o ato dizendo estar otimista com a vitória dos servidores, ressaltando que a participação foi positiva e demonstrou a disposição de luta dos servidores.

Entidades convocam marcha nacional em Brasília para o dia 5 de fevereiro

A primeira atividade nacional dos servidores está convocada para o próximo dia 5 de fevereiro, quando os trabalhadores realização uma grande marcha a Brasília. As entidades representantes do funcionalismo esperam ser recebidos pelo governo para que se possa iniciar a negociação.

“Esperamos que o governo qualifique os espaços de negociação para que a gente administre e resolva este conflito o mais breve possível. Esperamos que o governo sinalize positivamente, abrindo possibilidade para que a gente não faça greve. Nós não querermos fazer greve por fazer greve”, explica o diretor executivo da CUT, Pedro Armengol, que também é coordenador do Ramo de Serviço Público da Central.

Para a Condsef, “mais uma vez a mobilização e poder de pressão da categoria serão os diferenciais para buscar atendimento, principalmente, de acordos firmados e ainda pendentes”.

A marcha será na Esplanada dos Ministérios e a concentração no Ministério do Planejamento (Bloco C), a partir das 9h.

Fonte: Jornal Hora do Povo

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