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Senadora cita axila peluda para pedir universidades cívico-militares

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13 de fevereiro, 2020

A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) defendeu nesta terça-feira (11) que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, extenda a política de escolas cívico-militares para as universidades públicas, com a intenção de “coibir atos culturais ou de protestos”.

“Como coibir atos culturais, entre aspas, ou de protestos em universidades federais ou outras quando qualquer atitude tomada pela administração da universidade é taxada de atentado a liberdade de expressão?”, questionou Thronicke, durante audiência pública com Weintraub na comissão de Educação do Senado, nesta manhã.

Em seguida, a senadora sugeriu a implementação do modelo utilizado no ensino básico para o ensino superior.”Vossa excelência está implantando escolas cívico-militares, eu gostaria de saber se é possível implementar um sistema igual dentro de universidades”, perguntou.

A senadora explicou que, atualmente, reitores e professores não podem se “insurgir” contra alguns tipos de comportamentos, já que a situação é vista por parte da sociedade como “um problema grave”.

Soraya contou que recebeu fotos de mulheres “seminuas” com a axila peluda em banheiros de universidade, classificando o ato como “tétrico”. Ela citou também pichações em salas de aula e afirmou que cenas como aquelas não se veem “nem debaixo da ponte”.

“Eu recebi dias atrás fotos dentro de banheiro de universidade federal de meninas seminuas tirando foto, minorais, fotos seminuas, uma coisa assim tétrica, e salas de aulas totalmente pichadas, parecia um lugar assim… olha, é triste, nem debaixo da ponte a gente vê lugares daquele nível”, contou.

De acordo com a senadora, as mulheres estavam mostrando os pelos como se fosse um protesto, o que não deveria ocorrer dentro de uma universidade federal.

“As axilas com pelos das mulheres… Elas estavam exaltando aquilo, como um protesto, como se ninguém deixasse elas não terem a depilação. Não sei o que acontece, mas isso não é coisa pra ser tratada dentro de universidade federal, mas se o reitor se insurge contra aquilo, se professores se insurgem contra aquilo é um problema grave”, analisou.

Em resposta à senadora, o ministro afirmou que não é possível coibir os atos culturas ou protestos, já que teria que alterar a legislação. “Isso ai depende da legislação, é muito difícil hoje”, explicou.

Weintraub disse, no entanto, que universidades civico-militares já existem, como o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Em seguida, ele contou que foi ao ITA e conversou com um brigadeiro sobre os comportamentos dos alunos na instituição, fazendo uma comparação entre os estudantes do ITA e das universidades pública.

“Eu estava com um brigadeiro passeando pelo campus e eu, brincando, falei: “brigadeiro, eu não estou vendo pichação dentro do campus”. Ele falou “imagina, pichação aqui dentro não. “Eu também não estou vendo gente fumando maconha dentro do gramado” – eu não quero para os meus filhos, eu também não quero para o filho dos outros – ai ele deu risada “aberto, aqui, de jeito nenhum. Aqui não tem consumo de drogas dentro do campus”. “E festa, quantos alunos o senhor perdeu, morreu, quantos alunos morreram no ano passado pq se embebedaram, tiveram overdose, se embebedaram caíram no trilho do trem, foram atropelados?”. O brigadeiro falou: “como? Nunca aconteceu isso. Acontece isso nas universidades?”. Eu falei para o brigadeiro: “aconteceu com os meus alunos, eu perdi alunos assim”, disse.

Fonte: Congresso em Foco

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