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Reforma Administrativa vai manter estabilidade de servidores, afirma relator da proposta

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05 de setembro, 2025

Proposta inclui 70 medidas para modernização, avaliação de desempenho e reorganização de cargos

A proposta de Reforma Administrativa em análise na Câmara dos Deputados não vai reduzir direitos dos servidores públicos, afirmou Pedro Paulo (PSD-RJ), relator do texto. Ainda segundo ele, as mudanças terão caráter estrutural e duradouro, não se limitando a um mandato de quatro anos.

As declarações do relator foram dadas durante um debate sobre o assunto realizado nesta quarta-feira (dia 3) na comissão geral no plenário da Câmara. Ainda de acordo com o deputado, a reforma tem como objetivo modernizar o serviço público sem penalizar a população ou os servidores.

— Não vamos mexer na estabilidade. Ela não é apenas uma garantia do servidor, é uma proteção do Estado e de toda a sociedade — afirmou Pedro Paulo.

O parlamentar reforçou que a reforma não deve ser confundida com medidas de ajuste fiscal, permanecendo focada na eficiência e na profissionalização do serviço público.

— A reforma não vai estabelecer uma meta de ajuste fiscal. Não podemos colocar na conta da Reforma Administrativa uma agenda que ainda não foi concluída. Se quisermos tratar disso, será em outra reforma — explicou.

Debate
A sessão desta quarta-feira reúne especialistas, representantes de categorias do funcionalismo e o secretário Extraordinário para a Transformação do Estado, Francisco Gaetani. Entre os temas em discussão estão cerca de 70 medidas distribuídas em quatro eixos: governança e gestão, transformação digital, valorização do servidor e combate a privilégios.

— A Reforma Administrativa não vai tratar do tamanho do Estado. Ela não pode ser uma reforma de quatro anos — acrescentou o relator.

Hugo Motta reforça prioridade

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), abriu a sessão ressaltando a importância da Reforma Administrativa para o fortalecimento do Estado e a entrega de serviços de qualidade à população. Segundo ele, o debate é uma resposta às demandas da sociedade, que busca eficiência, transparência e meritocracia no serviço público.

— É chegada a hora de nos dedicarmos à estruturação de um Estado que entregue eficiência e justiça aos cidadãos. A modernização da administração pública não deve significar retirada de direitos adquiridos — afirmou.

O presidente destacou que a comissão geral foi criada como prioridade legislativa e lembrou que, segundo pesquisa Datafolha, 72% dos brasileiros acreditam que a profissionalização do serviço público ajuda a combater a corrupção, e 83% rejeitam privilégios, como supersalários.

— O compromisso é conduzir um processo transparente, com ampla participação, que produza resultados concretos para a sociedade — acrescentou.

Entre as principais medidas previstas estão:

Pedro Paulo também adiantou que a proposta incluirá regras nacionais para concursos e valorização das carreiras, preservando direitos adquiridos e benefícios essenciais.

— Queremos uma reforma sólida, que modernize o serviço público e reconheça o trabalho dos servidores, sem comprometer garantias históricas — concluiu.

Fonte: Extra (RJ)