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Reajuste de servidores federais deve injetar R$ 16 bilhões na economia

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26 de maio, 2025

Estimativa feita pelo Ministério da Gestão prevê o impacto dos aumentos sobre a folha de pagamento de servidores do Executivo federal.

O reajuste salarial dos servidores federais, aprovado nessa quarta-feira (21) pela Câmara dos Deputados, deve injetar cerca de R$ 16 bilhões na economia brasileira ao longo de 2025, segundo estimativas do governo federal. O valor corresponde ao impacto previsto na folha de pagamento do Poder Executivo, contemplando servidores ativos, aposentados e pensionistas.

A medida é fruto de acordos firmados entre representantes do funcionalismo público e o governo federal desde 2023, no contexto da retomada das negociações salariais após um período sem reajustes.

De acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), os reajustes contemplam:

O pagamento começou a ser feito com os salários de maio e inclui valores retroativos a janeiro deste ano.

Impacto fiscal e limites

O governo estima que, mesmo com os aumentos, os gastos com pessoal continuarão representando menos de 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 e 2026, mantendo-se dentro dos limites estabelecidos pelo novo arcabouço fiscal.

Segundo o MGI, o objetivo é equilibrar a recomposição salarial com a responsabilidade fiscal. A estimativa de impacto considera os reajustes já implementados e os acordos em andamento.

Histórico recente e negociações

Entre 2019 e 2022, os servidores do Executivo federal não tiveram reajustes salariais, nem mesmo correção da inflação. A partir de 2023, o governo federal reinstalou as mesas nacionais de negociação permanente, mecanismo extinto em 2016.

Naquele ano, foi acordado um reajuste linear de 9% nos salários e de 43,6% no auxílio-alimentação, já pagos parcialmente em 2023. Desde então, foram firmados 49 acordos envolvendo reestruturações de carreira e ajustes em benefícios.

Benefícios reajustados

Além dos salários, outros auxílios foram ajustados:

Perspectivas

O reajuste marca o fechamento do primeiro ciclo de recomposição salarial da atual gestão. Os próximos passos das negociações devem incluir debates sobre progressão funcional, formação, jornada e reestruturação de outras carreiras do serviço público federal.

Ainda que elogiada por entidades representativas por retomar o diálogo, a política de reajustes enfrenta críticas por parte de grupos que consideram os aumentos insuficientes frente à defasagem acumulada em anos anteriores.

Depois de ter passado pela Câmara, com um acordo que remeteu parte do projeto para um grupo de trabalho sobre a reforma administrativa, o texto será analisado pelo Senado.

Fonte: Congresso em Foco