Para jurista, ‘nenhuma autoanistia tem valor’
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22 de maio, 2013
Presidente da Comissão da Verdade da Universidade de São Paulo (USP), o jurista Dalmo Dallari disse ontem em entrevista na TV Estadão que a Lei da Anistia deveria ser aplicada de acordo com os parâmetros estabelecidos pela Corte Interamerica- na de Direitos Humanos.Por esses parâmetros, agentes de Estado que cometeram violações de direitos humanos não podem ser anistiados.
Ao ser indagado sobre a lei sancionada em 1979, Dallari lembrou que a Corte Inferamericanajá fixou dois pontos fundamentais sobre a questão. O primeiro, segundo o jurista, é que nenhum tipo de autoanistia tem valor: “Anistia para quem anistiou a si próprio não tem validade jurídica.”
O segundo parâmetro é que não existe possibilidade de anistia para os chamados crimes contra a humanidade, entre eles a tortura de prisioneiros políticos: “Não são anistiáveis.” Para Dallari, a lei não precisa ser mudada. A aplicaeão dela é que necessita ser revista.
O Supremo Tribunal Federal (STF) tem outra visão do assunto. Em 2010 aquela corte definiu que alei também beneficiou agí ntes de Estados acusados de violar dueitos humanos.
Fonte: O Estado de S. Paulo – 22/05/2013
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