O GLOBO: PREVIDÊNCIA REDUZ DÉFICIT A R$18 BI
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25 de julho, 2008
O crescimento do emprego com carteira assinada continua derrubando o déficit da Previdência Social, que fechou o primeiro semestre deste ano em R$18,54 bilhões – queda 17,5% frente ao mesmo perÃodo de 2007. A arrecadação lÃquida no INSS (descontadas as transferências para o Sistema S e as restituições a empresas por pagamento indevido) atingiu R$74,92 bilhões, num crescimento de 10,3% acima da inflação. Ao mesmo tempo, as despesas com pagamento de benefÃcios subiram apenas 3,4% e somaram R$93,46 bilhões, mesmo com a alta do salário mÃnimo.
As receitas previdenciárias em junho também atingiram nÃveis recordes, com exceção dos meses de dezembro. Foi um reflexo dos 203 mil empregos formais registrados em maio pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), destacou o secretário da Previdência Social, Helmut Schwarzer.
Em junho, déficit foi de R$2,86 bilhões
Com arrecadação lÃquida de R$12,94 bilhões, sendo que R$8,7 bilhões foram depositados pelos empregadores, e despesas previdenciárias de R$15,8 bilhões, as contas do INSS registraram déficit de R$2,86 bilhões no mês passado. O resultado representou redução de 21,2% em relação a junho de 2007.
Diante do desempenho, o governo aposta que, pela primeira vez desde 1995, o déficit da Previdência fechará o ano com queda. A previsão é um rombo de R$38,5 bilhões (sem descontar a inflação) bem abaixo da estimativa inicial de R$43,9 bilhões. Em 2007, o descasamento nas contas do INSS ficou em R$44,8 bilhões. A expectativa do governo é que, em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pela economia), o rombo caia de 1,55% para 1,3%.
– Nossas últimas projeções têm apontado para queda na necessidade de financiamento da Previdência – afirmou Schwarzer, destacando que as receitas estão crescendo três vezes mais que as despesas.
Ele admitiu, no entanto, que a tendência de queda no déficit não deve se repetir no próximo ano. Mas, em 2010, a projeção é de nova redução no déficit.
Além do aquecimento do mercado formal de trabalho, estão ajudando a manter as contas do INSS mais equilibradas a adoção de medidas para aumentar o controle sobre a concessão de benefÃcios, principalmente auxÃlio-doença e invalidez.
No mês passado, a Previdência pagou 26,6 milhões de benefÃcios, incluindo aposentadorias, pensões, salário-maternidade, auxÃlios-doença e os assistenciais. Do total, 384,6 mil foram novas concessões.
Mais da metade dos benefÃcios pagos pelo INSS (66,1%) é equivalente a um salário mÃnimo, pago a 16,9 milhões de pessoas. Porém, a média real dos desembolsos atingiu R$600,48 no mês passado, também recorde histórico.
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