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O GLOBO: GOVERNO LULA PRIVILEGIA BUROCRATAS EM REAJUSTES

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17 de agosto, 2009

O discurso do governo favorável à área social e à melhoria da qualidade dos serviços públicos essenciais à população não se traduz na política adotada para os reajustes dos servidores. Uma análise da evolução dos gastos da União com pessoal no segundo mandato do presidente Lula mostra que as áreas da saúde, educação, previdência, assistência e trabalho ficaram com uma fatia de 30% do aumento das despesas com pessoal, enquanto setores típicos da burocracia, que abrigam carreiras da elite do serviço público, abocanharam 53% dessas despesas.
 
 
Já a área de infraestrutura, essencial para o desenvolvimento do país, ficou com apenas 2,8% do bolo de reajustes e vantagens concedidas aos servidores públicos da União, entre o primeiro semestre de 2006 e os seis primeiros meses de 2009.
 
As carreiras da alta burocracia são fortemente organizadas e exercem lobby poderoso junto ao Executivo e Congresso.
 
— Percebe-se claramente que os setores com mais poder de pressão tiveram maiores aumentos.
 
Essas categorias têm histórico de lideranças ligadas ao PT e o governo é muito vulnerável às pressões — observa o deputado federal Arnaldo Madeira (PSDB-SP), uma das maiores autoridades nessa área no Congresso.
 
“Todas as carreiras foram valorizadas”
 
Na visão do parlamentar, a valorização excessiva da burocracia estatal criou um descompasso em relação à iniciativa privada. O setor público tem salários mais altos e esses servidores ainda contam com as vantagens da estabilidade e da aposentadoria integral.
 
Por outro lado, a melhoria não estaria se refletindo da mesma forma nos serviços prestados ao cidadão, entende Madeira. O presidente Lula tem usado como argumento para justificar os reajustes a necessidade de melhorar a qualidade dos serviços públicos prestados à sociedade.
 
— Os serviços prestados pela burocracia, de uma forma geral, não melhoraram significativamente. O cidadão continua perdido e desamparado.
 
Fonte: O Globo