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O GLOBO: FAB JÁ AFASTOU 74 CONTROLADORES

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11 de agosto, 2008

Mais de um ano depois de adotar a linha dura contra os controladores como reação à crise aérea, o Comando da Aeronáutica já afastou 74 profissionais no país para expurgar a geração de sargentos que os oficiais consideram lideranças negativas. Após meses de silêncio, os controladores tentam um apelo público: divulgarão na internet documentos sobre panes e falhas sistêmicas do controle aéreo.

E em nova ação contra a Força Aérea Brasileira (FAB) no Supremo Tribunal Federal (STF) acusam o comandante Juniti Saito e o ex-comandante Luiz Carlos Bueno de omissão e responsabilidade pelos acidentes dos vôos TAM 3054 (em julho de 2007) e Gol 1907 (em setembro de 2006).

Entre os controladores afastados, 24 foram acusados de crime de motim pela paralisação em 30 de março de 2007, que fechou o espaço aéreo brasileiro. O restante foi desligado ou transferido para cargos longe das salas de controle.

Dirigentes das associações foram punidos com prisões administrativas por opiniões na imprensa sobre problemas no trabalho. A lista mostra que alguns afastados têm mais de 20 anos de experiência.

A assessoria da FAB informou que os afastamentos não trazem dificuldades no controle aéreo, onde a falta de pessoal foi o gatilho do apagão aéreo após o acidente da Gol. Segundo a FAB, está sendo implementado um “estudo de substituição”.

Na documentação que os controladores querem divulgar consta uma comparação entre o acidente da Gol e uma simulação de risco realizada no Cindacta-1 (Brasília), após uma quase colisão em 1996 que envolveu a aeronave do então presidente Fernando Henrique Cardoso. O advogado Roberto Sobral, da Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo, afirma que o relatório produzido na simulação recomendou providências após detectar falhas que poderiam levar a uma colisão (e que teriam contribuído para o acidente da Gol): dificuldade dos controladores de compreender o inglês, erro na autorização de vôo, problemas na comunicação de rádio e falhas na visualização radar.

Sobre o acidente da TAM, Sobral diz que os controladores de Congonhas pediram o fechamento da pista devido aos relatos dos pilotos, que se queixaram da condição escorregadia. Houve uma discussão com o oficial responsável e a pista ficou aberta – momentos depois aconteceu o acidente.

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