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Ministério Público reage a críticas da Polícia Federal

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13 de maio, 2013

 

"Não é o Ministério Público Federal que quer o monopólio da investigação, a polícia é que está atrás", afirma o procurador da República Hélio Telho, em reação às críticas do superintendente da Polícia Federal em São Paulo, delegado Roberto Troncon Filho, que defendeu a PEC 37 – emenda que alija promotores e procuradores do poder de investigar crimes. Especialista do MPF em ações de combate ao crime organizado e à corrupção, Telho rebateu Troncon, para quem o MP faz jogo "maniqueísta ao se apresentar como único representante do bem contra o mal da corrupção".

"O MP não é contra a PEC 37 por se considerar melhor ou acima do bem e do mal, é contra porque a proposta restringe a um único órgão a investigação, pressupondo que esse órgão, a polícia, é capaz de estar acima do bem e do mal", disse Telho, do MPF em Goiás. "Não buscamos exclusividade. Queremos conjugação de esforços no combate à corrupção. Não se ataca sozinho esse ilícito, com um único herói. Tem que ter transparência, controle interno e extemo das ações."

O procurador apontou para a super operação da Polícia Civil em quase todo o País, na quinta-feira, que culminou com 2 mil prisões. "É importante a operação, mas é suficiente? Quantos desses presos são criminosos do colarinho branco? Quantos políticos ou empresários? E o fraudador amigo do poder? Aquele que tem o celular do governador e do ministro? Quem vai prender um cara desses?"

Telho avalia que o modelo de inquérito policial está ultrapassado. "Apenas 15% a 20% do teor dos inquéritos são investigação. É muita burocracia." Ele rebateu a afirmação de que o MPF quer mais força porque uma instituição poderosa garante melhor remuneração a seus quadros. "Existe uma palavra que a psicologia chama projeção. E a situação em que o indivíduo projeta no outro o que ele próprio é. O subsídio dos membros do MP é equiparado ao teto constitucional."

Fonte: O Estado de S. Paulo – 13/05/2013

 

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