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Médicos fazem mobilização no Senado e criticam revalidação automática de diplomas estrangeiros

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03 de abril, 2013

Representantes de entidades médicas participam nesta terça-feira (2) de mobilização em defesa da qualidade da assistência na saúde e de condições para o exercício da medicina no Brasil. O evento, batizado de Concentração dos Médicos, ocorreu no Auditório Petrônio Portela, no Senado, por iniciativa do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

Presente ao evento, o senador Paulo Davim (PV-RN), que também é médico, explicou que a categoria está mobilizada para discutir questões como a regularização do exercício de médicos com diplomas obtidos no exterior.

A proposta de revalidação automática ou facilitada de diplomas de médicos estrangeiros ou brasileiros formados no exterior, em discussão no governo federal, foi criticada pelo parlamentar.

– Não pode ser assim, pois cada país tem suas particularidades. O que é epidemia aqui pode não se epidemia em outro país. O que é endêmico aqui pode não ser endêmico lá – disse Davim, ao defender sistema de revalidação que permita aferir a qualidade e o saber dos profissionais formados no exterior.

Na avaliação de Paulo Davim, não há falta de médicos no país, mas sim concentração de profissionais nas regiões Sul e Sudeste.

– A Organização Mundial da Saúde preconiza um médico para cada mil habitantes e, no Brasil, temos 1,9 por mil habitantes. Temos 20% dos médicos do continente americano, 4,5% dos médicos do mundo. O que falta no Brasil é uma política de descentralização do profissional, uma política que interiorize o médico – frisou.

O presidente em exercício do CFM, Carlos Vital, concorda que o problema está na má distribuição dos médicos e reafirma a necessidade do processo de revalidação de diplomas.

– A classe médica não tem nada contra a atuação de médicos formados no exterior, mas não podemos aceitar que a revalidação seja automática – disse.

No evento desta terça-feira, os representantes da categoria também devem discutir a criação de uma carreira de Estado para os médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) e a possibilidade de o governo oferecer subsídios para operadoras de planos de saúde, entre outros temas.

Fonte: Agência Senado
 

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