E QUEM CONFIA NO FMI?

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06 de junho, 2003

Em 04.06.2000 o Jornal “O Dia” destacava a manchete: “Acordo com o FMI prevê arrocho aos servidores”. A mesma esclarecia que o fechamento do acordo se deu com o compromisso de serem cortados gastos no setor público e a implantação da cobrança previdenciária dos aposentados e pensionistas.Em 01.08.2000, o mesmo jornal relatou o “puxão de orelhas” que a Sra. Tereza Ter-Misnassian, Coordenadora do FMI, deu no então Ministro da Fazenda, Sr. Pedro Malan, em razão do Governo ainda não ter posto em prática nenhuma medida do acordo e avisando que o Brasil pagaria o preço da “descrença econômica mundial”.O governo FHC tentou inúmeras vezes cumprir o “dever de casa”, mas fracassou em razão do “radicalismo” da oposição na defesa dos direitos básicos dos servidores.No pleito de 2002 a submissão do governo brasileiro foi duramente castigada. A outrora oposição cresceu de forma magnífica, chegando ao auge: a Presidência da República.Era a derrota do capital especulativo…Em 6 meses de governo até a Bela Adormecida entendeu que o FMI continua dando as cartas e que, enfim, encontrou quem possa colocar em prática as ordens que há tempos estavam inertes.Em 5.6.2003 a nova proposta de Reforma da Previdência foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e o democrático e popular setor especulativo confirma a profecia do FMI e voltou a cotar o Brasil como “confiável”.