Orçamento: relator considera "difícil" aumento a servidores em 2013
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01 de novembro, 2012
O relator-geral do projeto do Orçamento da União para 2013, senador Romero Jucá (PMDB-RR), considera difícil acrescentar à proposta qualquer aumento de salários para servidores, devido à "limitação financeira brutal". Entretanto, em entrevista nesta quinta-feira, ele admitiu a possibilidade de "alguns ajustes", desde que haja entendimento com o Executivo. As informações são da Agência Senado.Em relatório preliminar apresentado na quarta-feira, Jucá detalhou os critérios que utilizará para o exame do projeto na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). Um deles foi manter em R$ 15 milhões o valor das emendas por parlamentar, com a destinação de no mínimo R$ 2 milhões à área de saúde. Para atender os 513 deputados e 81 senadores, ele reservou R$ 8,9 bilhões.As emendas do próprio relator-geral, a fim de corrigir erros e omissões, terão R$ 9,5 bilhões. É desse montante que devem sair, por exemplo, R$ 4 bilhões para compensar os Estados com a desoneração do ICMS dos produtos exportados – tradicionalmente, uma das omissões da proposta orçamentária do Executivo. Jucá ainda reservou R$ 10,3 bilhões para as emendas coletivas (de bancadas e comissões).A origem dessa reserva de recursos está na reestimativa de receitas de R$ 22 bilhões, aprovada pela CMO na quarta-feira, e na reserva de contingência de R$ 6,7 bilhões. O total é de R$ 28,7 bilhões. Para que tudo dê certo, de acordo com o senador, é preciso que se concretize a previsão dos parâmetros macroeconômicos para 2013: crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5% e inflação no centro da meta oficial, de também 4,5%. O projeto estima as receitas totais em R$ 2,1 trilhões, sendo R$ 1,2 trilhão de natureza primária.O relatório preliminar de Jucá exclui a possibilidade de emendas de iniciativa dos municípios. Segundo ele, em anos anteriores, não houve por parte do Executivo interesse em executá-las e, como são emendas que destinavam recursos para a área de saúde, o governo entendeu que as necessidades locais já seriam supridas pela programação comum dos órgãos federais.Até a próxima terça-feira, a comissão receberá emendas ao relatório preliminar, que funciona como um roteiro de trabalho para o exame do Orçamento. Em seguida, com a aprovação do documento pelos integrantes da comissão, será iniciada a fase de emendas propriamente ditas ao Orçamento. Jucá afirmou que está "correndo contra o relógio" para viabilizar a aprovação até o fim do ano.Fonte: Terra – 01.11.2012
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