Déficit de servidores no INSS supera 23 mil cargos vagos e complica atendimento
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21 de março, 2025
Cessão de servidores para outros órgãos e falta de concursos agravam crise no Instituto Nacional do Seguro Social, com perdas anuais de quase 9 mil profissionais entre 2020 e 2024
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) enfrenta um déficit histórico de servidores, que hoje supera os 23 mil cargos vagos. Este problema, amplamente reconhecido pela própria autarquia, tem suas causas em diversos fatores, sendo o principal o grande volume de aposentadorias não acompanhadas por reposições adequadas. O último concurso realizado para o INSS aconteceu em 2015, o que representa um período de sete anos sem reposição significativa de pessoal.
Além da falta de concursos, o INSS enfrenta outra grande dificuldade: a cessão de servidores para outros órgãos da administração federal. Entre 2020 e 2024, a autarquia perdeu, em média, 9 mil servidores por ano, o que equivale a um número quase 200% superior ao déficit atual.
Em 2024, a Advocacia-Geral da União (AGU) foi o órgão que mais absorveu servidores do INSS, com mais de 5 mil cedidos. O Ministério da Previdência Social (MPS) e a Presidência da República também receberam um grande número de servidores, com 2.941 e 222, respectivamente.
Se os 9 mil servidores cedidos estivessem alocados no INSS, o déficit da autarquia poderia ser reduzido em até 40%
Cessão
- 2020: 9.251 servidores cedidos
- 2021: 9.167 servidores cedidos
- 2022: 9.498 servidores cedidos
- 2023: 9.351 servidores cedidos
- 2024: 9.336 servidores cedidos
Outro lado
Procurado pela reportagem, o INSS não se manifestou até o momento de publicação.
Fonte: Extra (RJ)