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CORREIO BRAZILIENSE: SERPRO FAZ PARALISAÇÃO POR UM REAJUSTE DE 21%

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10 de julho, 2008

Em meio às indefinições que ainda cercam os próximos reajustes do funcionalismo, trabalhadores do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) decidiram não esperar serem incluídos em um pacote de aumentos e prometem fazer hoje uma paralisação de 24 horas. A categoria, que está em campanha salarial, reivindica aumento de 21%. A direção da estatal oferece apenas 5,04%.

A federação que representa os servidores informou que nas principais bases espalhadas pelo país, localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, a disposição dos funcionários é aderir em 100%. Os reflexos de uma greve no Serpro podem ser graves, alertou Telma Dantas, uma das coordenadoras da mobilização. “Pode prejudicar a folha de pessoal, que é rodada totalmente na empresa, além do calendário de restituição do imposto de renda”, afirmou a sindicalista.

As negociações com o Serpro devem dominar o restante da semana. Se não houver avanços, Telma Dantas adiantou que uma paralisação por tempo indeterminado será iniciada a partir de terça-feira, dia 15. Se isso ocorrer, outras categorias poderão acabar sendo atingidas e verem suas negociações atrasadas por causa de mais um imprevisto orçamentário.

Embrapa

Esse problema, no entanto, os funcionários da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) não terão. Ontem, mesmo com protestos em frente à sede da estatal, no fim da W3 Norte, os grevistas indicaram que o encerramento da greve está próximo. A categoria acabou surpreendida por uma nova proposta do governo. A oferta inicial de reajuste, que era de 5,04%, foi elevada para 7% — os grevistas reivindicavam 12%. Pelo acordo proposto pela empresa e pelo Ministério da Agricultura, o valor do tíquete alimentação também subirá de R$ 15,20 para R$ 17. As assembléias nos estados começam hoje e devem decidir pelo encerramento da greve.

Enquanto isso, servidores do Executivo federal aguardam pela edição das próximas medidas provisórias que vão autorizar aumentos salariais para cerca de 300 mil pessoas e 20 categorias. As novas tabelas dependem apenas de análises técnicas por parte do Palácio do Planalto. Governo e sindicatos têm pressa porque, depois de publicadas, as MPs terão de seguir para o Congresso Nacional. Ontem, a Câmara adiou mais uma vez a votação da MP 431, aquela que reestruturou carreiras e aumentou os salários de 800 mil servidores civis e 700 mil militares em maio. Apesar dos esforços dos partidos que compõem a base de apoio ao governo, a oposição na Câmara e no Senado quer analisar com lupa esta e as futuras MPs.

Os trabalhadores do Serpro estão em negociação salarial com a empresa há cerca de dois meses. Como outros setores, buscam aperfeiçoar o plano de cargos e salários. São aproximadamente 10 mil funcionários que, segundo a federação que os representa, não estão sendo ouvidos durante a elaboração do novo plano de carreira. Sensível a esse pedido, direção do Serpro convocou um grupo de empregados para apresentarem sugestões. Não há data definida para que esse diálogo chegue a uma conclusão.

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