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CORREIO BRAZILIENSE: GREVE DOS PERITOS CONTINUA, DIZ ANMP

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19 de agosto, 2010

 
Enquanto a fila de pessoas que não conseguem atendimento da perícia médica no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) ultrapassa 400 mil exames pendentes, a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) anunciou que a greve está longe de acabar. De acordo com a associação, não há solução de curto prazo para atender os trabalhadores. A ANMP refutou qualquer possibilidade de aceitar a proposta de uma força-tarefa que poderia ser adotada pelos médicos para evitar o corte do ponto durante os cerca de dois meses de greve, conforme proposta apresentada pelo governo à Federação Nacional dos Médicos (Fenam) na terça-feira.
 
A crise se agravou após a reunião em que a Fenam foi apontada pelo ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, como mediadora das negociações. O fato levou a ANMP a disparar manifestos que classificaram a interferência da Federação como “truculentas”, sob o argumento de que a única e exclusiva representante dos peritos seria a própria ANMP. “A greve continua, principalmente com os desmandos do ministro Gabas e com a usurpação de autoridade do presidente da Fenam, Cid Carvalhaes”, declarou Luiz Carlos Argolo, presidente da ANMP, que garantiu ter o respaldo da maior parte da categoria.
 
Interesses
Argolo acusou a entrada da Fenam nas negociações como motivada por interesses políticos não declarados. A proposta apresentada à Federação é semelhante à que chegou, anteriormente, à associação e que foi parcialmente aceita. Tanto que a associação encaminhou uma contraproposta ao governo. “Restam ainda duas pendências bastante relevantes. Uma delas é sobre a jornada de trabalho e a outra, sobre a autonomia do ato médico, que tanto Fenam quanto governo desconhecem o que é”, disse o presidente da ANMP.
 
Cid Carvalhaes, da Fenam, rebateu as acusações dizendo que quem não tem conhecimento, na verdade, seria o presidente da ANMP. “O cidadão não conhece as coisas, está desinformado”, declarou Carvalhaes. Segundo ele, a postura de Argolo, classificada como “rebelde”, não combina com a democracia e o momento deveria ser o de convergência, não de brigas. A Fenam conta com cerca de 350 mil médicos sindicalizados, enquanto a ANMP, de caráter associativo, conta com cerca de cinco mil membros entre ativos e inativos.
 
Além da jornada de seis horas, uma das principais reivindicações dos peritos é a contratação, por concurso público, de novos funcionários. De acordo com Argolo, há um deficit superior a mil peritos nos quadros do INSS, o que leva a uma sobrecarga da categoria. A perspectiva para os próximos anos é ainda mais grave, já que 1,5 mil médicos devem se aposentar até o fim de 2011. Em recente concurso público, 250 peritos foram incorporados e outros 250 ainda podem ser chamados. “Sem concursos públicos constantes, não há mágica que resolva”, disse o presidente da ANMP.
 
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE – 19/08/2010
 

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