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Correio Braziliense: Ana Arraes, a nova ministra do TCU

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22 de setembro, 2011

Deputada pernambucana confirma o favoritismo e passa a integrar o Tribunal de Contas, no qual defenderá a revisão dos mecanismos de paralisação de obras do governo federalOs dois meses de campanha, o intenso corpo a corpo na Câmara e, acima de tudo, o peso político do filho, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), deram à deputada Ana Arraes (PSB-PE) uma vitória acachapante na disputa pela vaga de ministro no Tribunal de Contas da União (TCU), ontem, no plenário da Câmara. Ana teve 222 votos, 73 a mais do que seu principal adversário na disputa, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que conseguiu 149.A eleição da deputada é, em grande monta, uma vitória do governador pernambucano. Eduardo Campos intensificou sua presença em Brasília nos últimos meses, no esforço de pedir votos para a mãe. Chegou a visitar deputado por deputado em algumas bancadas partidárias, como a do PT, em busca de apoio para Ana.Como resultado, a parlamentar conquistou votos em meio à bancada governista e um apoio expressivo também na oposição. O cortejo de apoiadores que a acompanhou na chegada ao plenário, ontem, incluía o presidente do PSDB, o deputado pernambucano Sérgio Guerra.Na véspera da votação, o vice-governador do estado, João Lyra Neto (PDT), e o secretário da Casa Civil de Pernambuco, Tadeu Alencar, acompanharam a sabatina dos candidatos ao cargo. "É uma votação importante para o estado e para o país", justificou João Lyra.Na primeira entrevista depois de eleita, Ana Arraes demonstrou certa irritação com os comentários sobre a pressão do governador na conquista de votos. "Eu tenho papel enorme na vida de Eduardo Campos e ele na minha. Eu o coloquei no mundo, o criei e ele é o homem que é hoje. Maior que uma notícia de jornal é a nossa relação. Espero que respeitem isso", disse a deputada, que será a terceira pernambucana na composição do plenário do TCU, ao lado dos ministros José Jorge e José Múcio Monteiro, em um total de nove integrantes. Antes de assumir o cargo, passará por uma sabatina protocolar no Senado, ainda sem data marcada.A deputada chega ao tribunal defendendo a revisão dos mecanismos de paralisação das obras com indícios de irregularidades. "É preciso ter zelo com essa questão de paralisação, porque, às vezes, ela sai mais cara que a continuação e a retificação das questões que estão sendo duvidadas ou recomendadas. Eu defendo que as grandes obras devem ser acompanhadas pari passu (simultaneamente, em latim), disse Ana.TraiçãoO resultado da votação secreta mostra não só a força do governador pernambucano, mas também um alto percentual de traição dentro do PMDB, do deputado Átila Lins (AM). Membro de uma bancada partidária de 80 deputados, Átila conseguiu apenas 47 votos. O próprio líder da legenda na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), é apontado como o culpado por, supostamente, ter feito jogo duplo na disputa, a favor de Átila e de Ana.O deputado Damião Feliciano (PDT-PB) teve 33 indicações; Milton Monti (PR-SP), 30 votos; e o auditor fiscal Rosendo Severo, 10. O deputado Vilson Covatti (PP-RS) desistiu da candidatura em reunião com sua bancada horas antes da votação.Entre os derrotados, Aldo Rebelo foi quem mais acusou o golpe. Apoiado por correligionários e pela bancada ruralista, ele chegou a afirmar a Eduardo Campos, seu amigo pessoal, que não concorreria. Voltou atrás ao perceber que tinha chances de vitória. Ontem, ao sair o placar da votação, deixou o plenário sem cumprimentar a candidata vitoriosa. Alcançado por jornalistas, disse que não comentaria o resultado. "Não quero que fique a ideia de que há qualquer ressentimento", resumiu.Fonte: Correio Braziliense – 22/09/2011 

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