Cerca de 57 mil servidores devem se aposentar até 2026. Estimativa em dez anos é de 181 mil aposentadorias
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28 de março, 2025
Somente neste ano, cerca de 24 mil funcionários públicos do Executivo Federal estão aptos a se aposentar
Aproximadamente 57 mil servidores do Executivo Federal podem se aposentar até 2026, segundo projeção do governo federal. Nos próximos dez anos, a estimativa é que cerca de 181 mil servidores se aposentem. Somente neste ano, cerca de 24 mil servidores públicos do Executivo Federal estão aptos a se aposentar. O montante por ano deve ser menor até 2031, porém, em 2034, deve haver novo pico com 20 mil prováveis saídas da administração pública. Entre 2010 e 2023, quase 246 mil servidores do Executivo Federal encerraram sua carreira no setor público.
Na contramão dos estatutários que se aposentam, há aqueles que optam por continuar no serviço público, adiando a aposentadoria. Dados do Painel Estatístico de Pessoal (PEP) do MGI apontam que há por volta de 66,3 mil servidores ativos em abono de permanência. Do total de servidores nessa condição, 53,4% (35.428) eram homens e 46,6% (30.869) eram mulheres.
Em 2024, 48% deles estavam em 20 cargos. O de Professor do Magistério Superior lidera a lista, com 6.960 servidores, seguido pelo cargo de Professor do Ensino Básico/Tecnológico (3.334) e pelo de Técnico do Seguro Social (2.508).
Esses dados constam na Revista Gestão de Pessoas em Evidência (RGPE), elaborada pelo observatório de Pessoal da Administração Pública Federal, da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Para Vitor César Vaneti, assessor da SGP e editor da RGPE, a questão da aposentadoria está relacionada ao envelhecimento da população brasileira.
— O tema veio para ficar e os gestores precisam estar preparados, olhando o presente e, sobretudo, as projeções para o futuro a partir de indicadores.
Para o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso, tem sido assertiva no planejamento de reposição de pessoal.
— Ao trazermos novos servidores para o Executivo por meio do Concurso Nacional Unificado (CNU), trabalhamos para que o Estado brasileiro não pare.
Para a secretária-adjunta de Gestão de Pessoas do MGI, Regina Camargo, o benefício do abono de permanência contribui para que a administração federal planeje com tranquilidade a renovação da sua força de trabalho por meio de novos concursos.
— Os servidores mais experientes detêm conhecimentos e habilidades extremamente importantes, que precisam ser compartilhados com os servidores recém-chegados e os que ainda vão chegar.
Fonte: Extra (RJ)