Ações de prevenção e enfrentamento ao assédio moral são debatidas em seminário
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09 de novembro, 2017
Mais de 100 pessoas reuniram-se, na tarde de ontem (6/11), em Porto Alegre, para discutir ações efetivas de conscientização, prevenção e solução de possíveis casos de assédio moral. O seminário organizado pelo Ministério Público Federal (MPF), com apoio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e do Tribunal Regional Eleitoral no Rio Grande do Sul (TRE-RS), ocorreu no auditório da Procuradoria Regional da República da 4ª Região (PRR4), uma das unidades do MPF.
Na abertura, o procurador-chefe da PRR4, Carlos Augusto da Silva Cazarré, disse que o tema já faz parte das preocupações diárias do órgão e que não pode mais passar despercebido por nenhum gestor, seja público ou privado: “Um ambiente de trabalho sadio e que potencialize o desenvolvimento das várias habilidades e capacidades do ser humano é absolutamente necessário e inegociável”.
A mesa inicial foi composta ainda por Susane Londero, representante da Comissão de Combate ao Assédio Moral do TRE-RS; Roger Raupp Rios, desembargador federal e ouvidor do TRF4; Ela Wiecko Volkmer de Castilho, subprocuradora-geral da República e coordenadora do Comitê Gestor de Gênero e Raça do MPF; e Juliano Baiocchi Villa-Verde de Carvalho, subprocurador-geral da República e ouvidor-geral substituto do MPF.
O primeiro painel, intitulado “Pesquisas e abordagens de prevenção e enfrentamento ao assédio moral”, foi coordenado pelo procurador regional da República Paulo Gilberto Cogo Leivas. Mayte Raya Amazarray, professora da UFCSPA e doutora em Psicologia, apresentou resultado de pesquisa coordenada por ela com trabalhadores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul entre 2015 e 2016.
Um dos principais dados aponta que 82,7% dos respondentes sofreu atos negativos sugestivos de assédio moral em algum grau, mesmo que eventualmente. A outra painelista foi Lis Andréa Pereira Soboll, psicóloga, professora da Universidade Federal do Paraná e doutora em Medicina Preventiva, que tratou dos conceitos de crise de sentido na vida e crise de sentido no trabalho, que têm o assédio moral com um de seus reflexos.
O segundo e último painel, chamado de “Interface e alternativas de enfrentamento ao assédio moral”, foi coordenado por Carlos Colombo, servidor da ouvidoria do TRF4. Adriane Reis de Araújo, mestre em Direito das Relações Sociais e procuradora regional do Trabalho, com base em sua experiência na Justiça do Trabalho, discorreu sobre conceito de assédio moral, partes envolvidas (vítima, agressor, testemunha, organização e, eventualmente, sindicato ou associação), mecanismos de prevenção (via informativa) e repressão (interna ou externa e formal ou informal), e serviços de aconselhamento e apoio. Já o desembargador Roger Raupp Rios propôs uma aproximação entre as dificuldades do enfrentamento ao assédio moral e os desafios do combate à discriminação de forma ampla, como de raça, sexo ou gênero.
Fonte: TRF 4ª Região
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