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A volta dos Sindicatos: novos protestos fecham estradas e ruas pelo país

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12 de julho, 2013

SÃO PAULO, BRASÍLIA, PORTO ALEGRE, RECIFE, BELÉM E rio- Numa mobilização que não atingiu as projeções das próprias centrais, milhares de sindicalistas fizeram paralisações, bloquearam estradas e foram ontem às ruas em todo o país para levar a agenda trabalhista em pelo menos 150 cidades de 22 estados e no Distrito Federal. Houve passeastas e marchas nas rodovias. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram registradas interdições em 66 trechos de rodovias federais de 18 estados. No Rio, apesar do número reduzido de manifestantes — cerca de cinco mil pessoas, contra 300 mil registrados em dia 20 de junho — o ato acabou em confronto. Em São Paulo, a marcha de dez mil pessoas — contra mais de 100 mil dos protestos de junho — seguiu pacífica na Avenida Paulista e no Centro da capital.

Além do número menor de pessoas, o ato convocado pelas oito centrais sindicais, entre elas a CUT e a Força Sindical, também se diferenciou da histórica marcha das ruas por conta da lista de reivindicações. Em junho, a população, convocada pelas redes sociais, pedia redução da tarifa do transporte coletivo, combate à corrupção e à impunidade e melhores serviços públicos. Ontem, o principal alvo foi a equipe econômica do governo Dilma Rousseff, criticada até mesmo pela CUT, ligada ao PT. A voz dos sindicatos exigia ainda a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais; o fim do fator previdenciário; e o reajuste para aposentadores, pontos históricos da mesa de negociação com o governo há anos.

Para centrais que reúnem milhões de filiados — 2,6 milhões na CUT e mais de 1 milhão na Força —, as lideranças tiveram, diante da fraca mobilização, que admitir a frustração:

— Tínhamos a confiança de que os trabalhadores de metrô e ônibus parassem (em São Paulo), mas eles ficaram devendo desta vez. O que queríamos era fazer a mobilização, chamar a atenção, e isso conseguimos — disse o secretário-gerai da Força Sindical, João Carlos Gonçalves.

Fonte: O Globo – 12/07/2013