logo wagner advogados
Há mais de 30 anos defendendo exclusivamente os trabalhadores | OAB/RS 1419
Presente em 12 estados.

A DENGUE E O ESTADO MODERNO

Home / Informativos / Leis e Notícias /

24 de maio, 2002

Mais uma vez a sociedade brasileira se vê diante de um gravíssimo problemacausado pela inconseqüente política aplicada para o suposto desenvolvimentoeconômico do Brasil. Primeiro, foi o caos da crise energética, causado pela falta deinvestimentos reais no setor e na absurda ausência de um planejamento quefizesse previsão, inclusive, de eventuais fenômenos naturais e osnecessários métodos de prevenção técnica para essas crises. Os “tempos deapagão”, diga-se, eram há tempos anunciados por especialistas do setor, osquais foram “esquecidos” pela mídia.Hoje, o Brasil se vê vítima da epidemia da dengue, a qual já matou dezenasde pessoas e diariamente causa a infecção de outras milhares. E o que foifeito pelo Estado no setor?Em 1999 o Executivo, para diminuir os gastos com a folha de pagamento eviabilizar o “ajuste das contas públicas”, demitiu quase 6 mil servidores daFunasa, os quais eram especializados no combate, dentre outros males, domosquito da dengue. O caso foi para discussão judicial e até hoje não possuidefinição.A falta de pessoal qualificado, associada ao descaso de todas as esferasadministrativas, viabilizou a propagação da atual chaga.Em meio ao caos da saúde pública, o que faz o Governo Federal? Extingue aFunasa e cria mais uma das suas “agências nacionais”, a qual empregaráemergencialmente cidadãos, certamente sem a qualificação necessária, paraprovidenciar um “curativo” para a “hemorragia”.Enquanto isso, a sociedade, que paga seus impostos esperando o mínimo doEstado, terá, outra vez, de fazer aquilo que era a obrigação do Executivo,ou seja, resolver o problema.Ao menos que desta vez não se crie, como no apagão, uma punição para quemnão fizer a “lição de casa” (algo como uma multa para quem não matar umnúmero determinado de mosquitos…).Ao final de todo este problema que fique certo de que serviço público dequalidade não é um simples discurso de oposição, mas sim uma necessidadebásica de todo povo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

hostinger