65% dos brasileiros apoiam a redução da jornada, diz pesquisa
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10 de março, 2025
Levantamento da Nexus indica que a opinião pública é, em geral, favorável a uma redução geral da jornada de trabalho.
O instituto Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados publicou nesta segunda-feira (10) uma pesquisa de opinião indicando que 65% dos brasileiros são favoráveis à redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais. O estudo também apontou que a proposta tem maior adesão entre os jovens de 16 a 24 anos (76%) e entre os desempregados (73%).
No conjunto da população economicamente ativa, o apoio é de 66%. O percentual é menor entre os brasileiros com 60 anos ou mais, com 54% favoráveis à mudança. A pesquisa também revelou que 55% dos entrevistados acreditam que a redução da jornada poderia aumentar a produtividade, enquanto 20% acham que haveria queda. Em relação aos impactos para as empresas, 35% avaliam que haveria benefícios e 33% veem possíveis prejuízos.
A Nexus entrevistou 2.000 pessoas com idade a partir de 16 anos nas 27 unidades da federação entre 10 e 15 de janeiro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
PEC 6×1
O levantamento também investigou a percepção sobre a PEC do fim da escala de trabalho 6×1, apresentada pela deputada Erika Hilton (Psol-SP), que sugere uma jornada de no máximo 36 horas semanais, com quatro dias de trabalho e três de descanso, sem redução salarial. A medida tem apoio de 63% da população, com maior adesão entre os jovens (74%) e desempregados (72%). Entre os que são contrários à PEC, o percentual é de 31%.
Efeitos da mudança
Sobre os efeitos da mudança, 42% acreditam que a redução da jornada traria impactos positivos ao país, enquanto 30% avaliam que haveria prejuízos. Questionados sobre como utilizariam um dia extra de folga, 47% disseram que dedicariam o tempo à família, 25% afirmaram que usariam para cuidar da saúde e 22% buscariam renda extra. A pesquisa mostrou que o cuidado com a saúde é um dos principais fatores apontados pelas mulheres (29%) e pelos desempregados (29%).
Fonte: Congresso em Foco