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FOLHA S. PAULO: ÍNDIOS FAZEM MANIFESTAÇÃO EM BRASÍLIA CONTRA DECRETO QUE REESTRUTURA FUNAI

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27 de janeiro, 2010

Cerca de 50 índios ocuparam hoje, por aproximadamente dez minutos, as pistas da Esplanada dos Ministérios em frente ao Ministério da Justiça para protestar contra a redução no número de administrações regionais da Funai (Fundação Nacional do Índio), proposta por decreto assinado no final do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O grupo de índios está acampado há uma semana em frente ao Ministério da Justiça para pedir audiência com o ministro Tarso Genro (Justiça) ou com o presidente. O protesto ocorreu pouco antes de Lula chegar ao ministério, onde vai participar de cerimônia de criação dos programas “Bolsa Copa” e “Bolsa Olimpíada”.

Durante a rápida manifestação, os índios fizeram danças típicas na pista principal da Esplanada –numa espécie de pajelança–, o que obrigou a Polícia Militar a desviar o trânsito por alguns minutos.

Na semana passada, os índios ocuparam a sede da Funai para protestar contra o decreto. Eles acabaram deixando o prédio de forma pacifica, sem causar danos aparentes ao patrimônio.

O decreto de reestruturação da Funai prevê a criação de 36 coordenações regionais, em vez das atuais 45 administrações regionais, e de 297 unidades locais, que terão atuação semelhante à dos atuais 337 postos indígenas (atuantes nas principais aldeias do país).

O maior problema, segundo lideranças da manifestação, é que, caso o decreto entre em vigor, os índios de alguns Estados que possuem administrações regionais terão de viajar para outras cidades em busca de auxílio da Funai. É o caso de alguns índios potiguara, que participam da manifestação em Brasília. Eles reclamam do possível fechamento da administração regional da Funai de João Pessoa.

De acordo com eles, a Funai quer que os índios assistidos pela administração pernambucana –terceira maior população de índios do Brasil– passem a ser atendidos pelas unidades de Fortaleza, Maceió e Paulo Afonso.

Os índios também dizem que não foram consultados sobre o documento proposto pelo presidente da Funai, Márcio Meira, e assinado por Lula, conforme prevê a convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) sobre Povos Indígenas e Tribais.

Entretanto, Meira argumenta que está havendo um erro de interpretação sobre o decreto. Segundo ele, nenhuma unidade será fechada, mas reestruturada e passará a ser uma coordenação técnica.

Fonte: Folha on line

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