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CORREIO BRAZILIENSE: REAJUSTE SÓ SAI EM JULHO

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13 de junho, 2008

Apesar das promessas, o governo não deve mais pagar o aumento dos 800 mil servidores civis com folha suplementar. Segundo informações que teriam sido fornecidas pelo secretário de Recursos Humanos do Planejamento, Duvanier Ferreira, à diretora da Central Única dos Trabalhadores, Lúcia Reis, os trabalhadores só verão o reajuste no pagamento que será liberado em julho.

Os reajustes foram concedidos pela MP 431, publicada no Diário Oficial da União em 14 de maio. A notícia não agradou muito, já que os servidores devem amargar uma mordida forte do leão, registrou nota da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). “É um desrespeito aos servidores públicos”, lamentou Josemilton Costa, secretário-geral da entidade.

“Como se não bastassem os baixos reajustes que a grande maioria terá em 2008, enfrentamos a demora para receber e ainda vão levar boa parte em impostos”, acrescentou.

Os problemas do governo não ficaram só no adiamento do reajuste. Fiscais agropecuários e servidores do Tesouro Nacional entram hoje no segundo dia de paralisação de advertência sem qualquer perspectiva de que suas demandas serão atendidas pelo governo. As duas categorias cruzaram os braços ontem — as greves são de 48 horas —, fizeram protestos públicos, pressionaram o Ministério do Planejamento, mas obtiveram como resposta sinais tímidos das equipes técnicas que negociam a nova rodada de reajustes na União.

Ao menos os fiscais, carreira ligada ao Ministério da Agricultura, cogitam estender a paralisação até a próxima semana ou reeditar o movimento ao longo deste mês.

Críticas

A Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa), que organizou a greve de dois dias, voltou a criticar a forma como o texto foi publicado no Diário Oficial da União. De acordo com a entidade, os trabalhadores estão sujeitos a “perdas substanciais na remuneração”. “Se for para cumprir o que está na MP prefiro ficar sem nada”, disse um servidor durante a manifestação que ocorreu nas proximidades do Ministério da Agricultura. A Secretaria de Recursos Humanos, em reunião com sindicalistas, negou que os servidores terão prejuízos com a reestruturação. A greve dos fiscais atingiu portos e aeroportos do país e atrapalhou a movimentação de produtos de origem animal e vegetal.

No Tesouro Nacional os servidores que aderiram à paralisação se reuniram em frente ao anexo do Ministério da Fazenda, atacaram a demora do governo em incluí-los na segunda medida provisória que será editada ainda neste mês com novos aumentos para mais carreiras do funcionalismo, mas prometeram voltar ao trabalho na segunda-feira. A adesão à greve foi maciça, segundo a União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon).

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