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Governo Bolsonaro promove desmonte da Receita Federal, diz presidente do Sindifisco

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20 de abril, 2022

Segundo Isac Falcão, categoria questiona corte de 51% no orçamento e de 40% no efetivo de servidores, mas não pede reajuste salarial

Os auditores estão mobilizados para defender a estrutura da Receita Federal, que sofre um sucateamento inédito, afirma Isac Falcão, presidente do Sindifisco Nacional (Sindicato dos Auditores da Receita Federal do Brasil).

Segundo ele, 1.200 de um total de 1.700 cargos de chefia já foram entregues porque os gestores entendem que suas equipes não têm condições de cumprir adequadamente a suas funções.

Falcão afirma que a mobilização busca preservar a estrutura do Estado, que vem sendo ameaçada pela atual gestão.

“O presidente Bolsonaro tem uma consistente política de desvalorização do serviço público, não apenas na Receita Federal, mas em todos os órgãos. Vivemos um permanente desmonte do serviço público, das instituições, do Estado brasileiro”, afirma Falcão.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto para comentar a declaração e não obteve resposta.

Os auditores pedem a recomposição do orçamento da Receita, que teve corte de R$ 1,2 bilhão, o equivalente a 51%, neste ano. No atual governo, o orçamento passou de R$ 3,6 bilhões, em 2019, para R$ 1,3 bilhão neste ano. Segundo o sindicato, o montante cobre as despesas apenas até maio.

Também querem agendamento de concurso para repor 5.000 servidores que se aposentaram, o que reduziu 40% do efetivo. Reivindicam ainda a regularização da lei que criou um bônus de desempenho.

Falcão destaque que, apesar de a recomposição salarial não ser o foco dos auditores, considera errônea a ideia de os servidores, por usufruírem da estabilidade no emprego e de salários muito acima da média brasileira, deveriam dar a sua cota de sacrifício num momento de recuperação ainda frágil da economia e do mercado de trabalho.

“Se é para ter cota de sacrifício, o governo poderia estabelecê-la nos preços regulados. Em serviços de telecomunicação, de energia elétrica, combustíveis. Está tudo aumentando acima da inflação”, afirma.

Fonte: Folha de São Paulo

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