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Aumento dos casos de doenças psiquiátricas entre policiais federais do Rio preocupa MP e sindicatos

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22 de agosto, 2022

O aumento dos casos de reincidência de doenças psiquiátricas entre agentes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) levou o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro a se reuniu com representantes sindicais ds duas forças de segurança. O problema, segundo representantes das categorias, atinge agentes, delegados, escrivães, papiloscopistas e corpo administrativo da PF, assim como agentes da PRF e da Polícia Penal federal.

A reunião ocorreu no último dia 17, na sede da Procuradoria da República do Rio de Janeiro. Segundo José Roberto Gonçalves de Oliveira, presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado do Rio de Janeiro (Sinpre-RJ), além de os agentes terem um trabalho estressante por natureza, o concurso da instituição não é regionalizado. Por isso, os policiais frequentemente atuem em locais longe de casa, sem previsão de retorno. A distância da família e dos amigos acaba afetando a saúde emocional.

“Deveríamos ter algum tipo de trabalho em que o policial conseguisse, eventualmente, ver a sua família. Na fronteira, foi feito um suporte financeiro com o adicional de fronteira. Isso ajuda, mas para o policial que não aguenta a carga emocional, a questão financeira não resolve”, disse.

Para Luiz Carlos Cavalcante, presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro (SSDPFRJ), além do estresse natural da atividade policial, a PF não tem uma estrutura de carreiras. Há apenas cinco cargos. Também não há política pública de prevenção a doenças mentais e psicológicas.

“A ausência de regulamentação da carreira e de uma perspectiva de crescimento é um dos fatores que causam o adoecimento dos agentes. Outro motivo é a falta de política pública de prevenção. Se de um lado a administração pública não regulamenta a carreira e coloca os policiais dentro de um ambiente extremamente estressante, por outro, não dá nenhum respaldo e amparo quanto à saúde mental deles”, disse.

Por fim, o procurador da República Eduardo Benones, que participou do encontro, se comprometeu a tomar medidas que estiverem ao alcance do MPF, “inclusive com recomendações às autoridades competentes e eventuais ações judiciais”.

Fonte: Extra (RJ)

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