logo wagner advogados
Há mais de 30 anos defendendo exclusivamente os trabalhadores | OAB/RS 1419
Presente em 12 estados.

Guedes vê fraude em benefícios rurais e nega reajuste a militares

Home / Informativos / Leis e Notícias /

19 de março, 2019

O ministro da Economia, Paulo Guedes, vê espaço para cortar em torno de um terço das aposentadorias rurais apenas com ações de combate a fraudes. De acordo com ele, o Brasil distribui cerca de 9 milhões de benefícios no campo, mas existem 6 milhões de idosos vivendo em zonas rurais.

“Tem mais gente aposentada no campo do que vivendo no campo”, afirmou Guedes, em conversa com jornalistas no Sofitel Lafayette, hotel onde ele e outros ministros se hospedam em Washington, durante visita oficial do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. “Por isso que não serão mais os sindicatos que vão fazer os registros.”

O ministro reiterou que considera imprescindível uma economia de R$ 1 trilhão com a reforma da Previdência. “Se não fizermos R$ 1 trilhão, é lamentável. Mostramos aos nossos filhos que não estamos dispostos a fazer tantos sacrifícios”.

Como fazer isso, porém, Guedes deixou em aberto. Na sua avaliação, baixar de 62 para 60 a idade mínima para mulheres é possível, mas desde que fique indicado quem serão os prejudicados pela concessão.

Ele chamou a economia de R$ 1 trilhão como “potência fiscal” para preparar a transição de regimes previdenciários – da repartição para a capitalização. “Se você quiser mandar um foguete à lua, precisa de um propulsor inicial para vencer a força da gravidade”, comparou. A poupança de R$ 1 trilhão em dez anos, segundo ele, é o nosso propulsor.

Guedes confirmou que a proposta de reforma da Previdência dos militares estará pronta na quarta-feira, quando Bolsonaro volta a Brasília, para envio ao Congresso Nacional. “Tem que ir todo mundo no mesmo ritmo”, afirmou.

Para o ministro, a proposta traz oportunidade para corrigir certas distorções. Ele deu razão aos fardados em uma queixa frequente: há oficiais em fim de carreira que ganham praticamente o mesmo salário de um civil recémaprovado em concurso público.

Sobre a reação negativa do Congresso à ideia de reduzir o benefício de prestação continuada (BPC), mas concedê-lo já a partir dos 60 anos e pagar um salário mínimo somente a partir dos 70 anos, Guedes disse que o objetivo era “ajudar”.

Ele contou que sua equipe fez simulações, por exemplo, com 62 e 68 anos – mas evitou especular se essas idades são um ponto de negociação com os parlamentares. “Qual é o problema hoje do BPC? A pessoa contribui e se aposenta com 65 e um salário mínimo. Quem não contribui, também”.

Carreira militar

Guedes disse ainda que a reforma previdenciária dos militares não prevê aumento de salários, mas uma reestruturação das carreiras nas Forças Armadas. “As pessoas estão confundindo com aumento de soldo”, afirmou.

Segundo ele, a intenção é corrigir distorções na carreira. “Uma pessoa que passa no concurso público para o Judiciário ganha R$ 18 mil. Um general ganha R$ 22 mil. Realmente houve uma descompensação ao longo desse tempo. Ou aumentaram demais a carreira inicial do Judiciário, do Legislativo, ou ficaram para trás os generais. Estão estudando [os militares] como se reestrutura a carreira para isso não continuar acontecendo”.

Guedes comentou que o governo corre para finalizar a proposta para os militares na quarta-feira. “A ideia é que no dia 20 estará pronta. O presidente vê, dá o ok e manda para o Congresso. Eu sei que há ajustes sendo feitos até de última hora”, disse o ministro.

Fonte: Valor Econômico

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

hostinger